Secretaria de Saúde de Caraguatatuba alerta para cuidados com a Febre Maculosa

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A febre maculosa também conhecida como doença do carrapato, é uma infecção febril, com elevada taxa de letalidade. Causada pela bactéria do gênero Rickettsia é transmitida pela picada do carrapato infectado ou pelo contato direto com as bactérias do parasita esmagado em lesões da pele.

A febre maculosa brasileira é uma zoonose, ou seja, uma doença naturalmente transmitida entre animais e o homem. Considerada uma doença grave, se não for tratada precoce e corretamente, pode levar a óbito em uma semana após o início dos sintomas!

A Secretaria de Saúde destaca que a doença não é transmitida de pessoa para pessoa. É preciso ter acontecido a exposição ao carrapato infectado para que a infecção ocorra.

A doença acomete pessoas que tiveram contato com o carrapato-estrela infectado pela bactéria, durante atividades de trabalho, lazer ou por morarem em áreas com vegetação (pastos, mata, campo e gramados), com presença de água (margens de lagos, rios e córregos) e com a presença de animais que servem como hospedeiros para o carrapato.

A picada do carrapato-estrela pode passar despercebida, portanto se frequentou estas áreas é necessário atenção ao desenvolvimento de sintomas. Os animais raramente manifestam a doença, porém podem carregar os carrapatos infectados com a bactéria que causa a doença em humanos.

Para que a transmissão da febre maculosa ocorra, o carrapato infectado deve ficar aderido à pele por mais de quatro horas. Este é o tempo mínimo estimado para que o carrapato possa introduzir as bactérias.

Os sintomas podem aparecer de dois a 14 dias, sendo os mais frequentes: febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, mal estar, diarreia e, após alguns dias, manchas avermelhadas pelo corpo. Na evolução da doença, podem ocorrer hemorragias e vômitos.

Caso surja algum sintoma, o tratamento deve ser iniciado precocemente. Procure por atendimento médico o quanto antes e informe se teve situações de risco de exposição a carrapatos. Há tratamento disponível para a doença no SUS.

Caso o animal doméstico tenha carrapatos, procure orientação de um médico veterinário. Importante evitar contato com animais desconhecidos, principalmente em áreas onde há ocorrência da doença.

Em áreas de risco, utilize roupas que cubram todo o corpo, como calças, blusas ou camisetas com mangas compridas e sapatos fechados. Dê preferência às cores claras, assim, os carrapatos são vistos com mais facilidade.

Uso de repelente também é recomendado como medida de proteção. Examine o corpo com frequência, pois quanto mais rápidos forem retirados, menores as chances de infecções.

O que fazer quando encontrar em qualquer parte do corpo? Tente retirá-lo com uma pinça fazendo leves torções. Após isso, recomenda-se eliminá-lo com o uso de água quente, por exemplo. Não esmague, não esprema, não queime e nem espete com objetos pontiagudos. As bactérias podem ser liberadas e infectar o corpo.

Caraguatatuba

As equipes da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde alinham estratégias de atendimento para otimizar os serviços caso surja algum caso. No momento, não há registro de nenhuma suspeita.

Segundo documento técnico enviado pelo Governo Estadual, os casos que ocorrem no litoral são causados por outra Rickettsia, a R. parkeri cepa Mata Atlântica, transmitida pelo carrapato o A. ovale. A doença é bastante distinta, com apresentação clínica mais branda que a observada na febre maculosa brasileira (causada pela R. Rickettsii), podendo evoluir para cura mesmo sem tratamento e, segundo as informações disponíveis, sem óbitos associados. Clinicamente, a infecção pela R. parkeri se apresenta como doença febril com a presença da escara de inoculação (picada) e adenomegalia (inchaço).

Na próxima segunda-feira (19), as principais pastas e órgãos irão se reunir para discutir formas de prevenção na cidade. Estão sendo convidadas para reunião, as secretarias Saúde, de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Serviços Públicos, Turismo, Esportes, além do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Caraguatatuba e hospitais de referência.

O secretário de Saúde, Gustavo Boher, destaca que embora a cidade não tenha nenhum caso suspeito, é importante orientar a população sobre prevenção e atenção a possíveis sintomas.

Foto: Divulgação/PMC

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