Trabalhadores da Avibras apresentam nova proposta ao potencial investidor da indústria

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Em uma plenária realizada nesta terça-feira (26), os metalúrgicos da Avibras definiram uma nova proposta a ser apresentada ao investidor interessado na aquisição da tradicional indústria bélica brasileira. A principal reivindicação dos trabalhadores é o parcelamento da multa devida pela empresa, proposta para ser quitada em até 36 vezes.

Durante as negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, ocorridas ao longo deste mês, o representante do investidor sugeriu que os trabalhadores abrissem mão de cerca de R$ 300 milhões em multas referentes aos salários atrasados, oferecendo em troca um pagamento reduzido, equivalente a apenas duas vezes a correção pelo INPC dos 19 salários em atraso.

A proposta aprovada na plenária será levada à mesa de negociações com Carlos Fortner, o representante do potencial comprador da Avibras. A reunião está agendada para quinta-feira (28), às 15h.

Detalhamento da Nova Proposta dos Trabalhadores:

  • Pagamento dos salários atrasados:
  • Em até 5 parcelas para quem recebe até R$ 15.000;
  • Em até 8 parcelas para quem recebe de R$ 15.001 a R$ 20.000;
  • Em até 10 parcelas para quem recebe acima de R$ 20.000;
  • O pagamento começaria em dezembro de 2024.
  • Parcelamento das multas:
  • Em até 15 vezes para quem recebe até R$ 10.000;
  • Em até 20 vezes para quem recebe entre R$ 10.001 e R$ 12.000;
  • Em até 24 vezes para quem recebe de R$ 12.001 a R$ 18.000;
  • Em até 30 vezes para quem recebe de R$ 18.001 a R$ 23.000;
  • Em até 36 vezes para quem recebe acima de R$ 23.000;
  • O pagamento começaria em julho de 2026.

Além disso, os trabalhadores exigem a estabilidade no emprego durante o período de parcelamento, reajuste salarial de 3,71%, retorno do plano de saúde, o pagamento integral do 13º salário até o dia 20 de dezembro e a divulgação do nome do investidor interessado na compra da Avibras.

“Apesar de quase dois anos sem receber salários, os trabalhadores mostraram flexibilidade e construíram uma proposta de parcelamento justa. Não podemos aceitar que o investidor exija que eles abram mão desse direito. O presidente Lula tem sido omisso diante de uma questão tão grave. O Sindicato continuará lutando para pressionar a Avibras, o investidor e o governo. Vamos seguir na luta até o fim, ao lado dos trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

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